Economia brasileira avança 2,9% em 2022 com ajuda de serviços e indústria

A economia brasileira registrou crescimento de 2,9% em 2022, informou o IBGE nesta quinta-feira (2). O valor mostra uma desaceleração em relação ao ano passado, quando o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 5%. No quarto trimestre, o indicador teve recuo de 0,2% em comparação com o período imediatamente anterior.

Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, afirmou que “a reduzida liquidez no ambiente externo” e o “ciclo contracionista da política monetária” contribuíram para a desaceleração do PIB do Brasil em 2022. Para 2023, a secretaria projeta que medidas do governo que aumentam o poder de compra podem ajudar no crescimento econômico.

A alta de 2,9% no PIB em 2022 foi impulsionada pela demanda interna, que respondeu por 2 pontos porcentuais do crescimento da economia no ano. Os dados são das Contas Nacionais apuradas pelo IBGE. O setor externo contribuiu com 0,9 ponto porcentual para a alta do PIB em 2022.

Com este crescimento, a renda do país, medida pelo PIB per capita, voltou a superar o patamar de 2019, último ano antes de a pandemia fazer a economia afundar. O resultado per capita ficou em R$ 46.155 em 2022, 2,2% mais que em 2019, mas ainda 4,8% menos que recorde. O indicador, porém, continua longe de seu pico histórico, registrado em 2013, que só deve ser retomado em 2023

Neste cenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que a economia brasileira não cresceu “nada” no último ano do mandato de seu antecessor Jair Bolsonaro e voltou a dizer que seu governo tem o desafio de retomar a expansão da atividade econômica. Lula destacou que parte do crescimento econômico será estimulada pela retomada de obras paradas no país.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o desafio do ministério para 2023 é reverter a desaceleração da economia brasileira. Para Haddad, a desaceleração da economia está ligada a atual taxa de juros que, segundo o ministro, foi gerada por medidas tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro.

Segundo a economista-chefe do Inter, Rafaela Vitoria, a desaceleração da economia vista no quarto trimestre do ano passado, levada pela taxa de juros em patamares elevados, deve continuar sendo vista ao longo de 2023. A expectativa do Inter é de que a economia brasileira cresça 0,8% neste ano, ante crescimento de 2,9% registrado em 2022.

O IBGE revisou o PIB do terceiro trimestre de 2022 ante o segundo trimestre de 2022, que passou de alta de 0,4% para aumento de 0,3%. O órgão também revisou taxa do PIB do segundo trimestre de 2022 ante o primeiro trimestre de 2022, de uma alta de 1,0% para elevação de 0,9%.

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