Petrobrás responde ministério e mantém venda de ativos do Polo Potiguar

Refinaria Clara Camarão compõe Polo Potiguar | Foto: divulgação Petrobrás

A Petrobrás decidiu manter as vendas de ativos com contratos já assinados. São cinco projetos nesta situação, incluindo o Polo Potiguar. A informação veio em resposta ao Ministério de Minas e Energia, que havia determinado no início de março a suspensão de venda de ativos da empresa por 90 dias.

“Procedemos o estudo preliminar sobre os processos de desinvestimentos em curso e, até o momento, não verificamos fundamentos pelos quais os projetos em que já houve contratos assinados (signing) devam ser suspensos. Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise”, afirmou a estatal nesta sexta (17).

No caso do Polo Potiguar, que compreende os subpolos do Canto do Amaro, Alto do Rodrigues e Ubarana e também a Refinaria Potiguar Clara Camarão, o processo está em fase final da transação de venda.

No ano passado, o Polo foi precificado em US$ 1,38 bilhão. A 3R Petroleum pagou US$ 110 milhões, enquanto US$ 1,04 bilhão devem pagos no fechamento da operação e US$ 234 milhões em quatro parcelas anuais a partir de 2024. A continuidade dos processos já assinados depende de aval do conselho de administração da Petrobrás.

No início do mês, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, deu a primeira entrevista coletiva como responsável pela Petrobrás. De acordo com Jean, à época, a suspensão significava uma reavaliação de conceitos. 

“A questão do Polo Potiguar é um processo solicitado pelo governo federal de suspender. Não é anular, não é interromper, não é desfazer contrato. É suspender e isso vai nos dar uma oportunidade de rever alguns conceitos não só em relação a essa venda como em relação a outras”, disse Jean.

“Algumas [ações] já estavam em fase final, porém ainda sob responsabilidade da Petrobrás. Esses ativos, mesmo os que já estão em fase final de fechamento, não fecharam ainda”, continuou Prates.

Desfazer as privatizações na Petrobrás era uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Ele já afirmou, mais de uma vez, que seu governo vai acabar com os projetos de privatização. As saídas de ativos do governo para a iniciativa privada foram aceleradas pelo governo Jair Bolsonaro.

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