
Professores de escolas estaduais de São Paulo ouvidos pelo UOL relataram medo e receio de permanecer nas salas de aula. De acordo com eles, a violência aumentou após o período em que as unidades ficaram fechadas por causa da pandemia.
Nos casos mais graves, os educadores tiraram licença e se afastaram das atividades escolares. Eles relatam que os alunos passaram a brigar mais entre eles e com os educadores.
Pesquisa apontou que 75,5% dos professores dizem que deixam as escolas por questões psicológicas. O levantamento foi feito entre novembro e dezembro do ano passado pela rede Conectando Saberes, com 6 mil profissionais.
Maria, que não quis se identificar, afirma ter medo de ser agredida pelos alunos —e não saber o motivo. Ela conta que recebeu ameaças. Hoje, está de licença médica.
A educadora dá aula para turmas do ensino médio e diz tomar três remédios para ansiedade e depressão. No ano passado, já tinha ficado quatro meses afastada da sala de aula.
Eduarda avalia que o aumento da violência e a falta de apoio do Estado a levaram a ficar afastada. Ela também está de licença após se sentir desconfortável com o que chama de desrespeito de parte dos estudantes.
Os professores dizem que não receberam ajuda das escolas e da Secretaria Estadual da Educação. A pasta diz que vem tomando medidas.
Tudo piorou depois da pandemia e o comportamento dos alunos ficou mais difícil. A gente não consegue lidar com tudo isso sozinho e é frustrante.” Eduarda, professora.
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